Editorial

Melhor educação exige agilidade

Durante sua campanha no ano passado para retornar ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB) traçou uma prioridade: a educação. E entre as promessas deste eixo esteve a qualificação das escolas públicas estaduais. Compromisso mais do que acertado e de ótima repercussão entre os eleitores, tão familiarizados com educandários sucateados, alguns deles verdadeiramente caindo aos pedaços. Na quarta-feira, pouco mais de cinco meses após ser reempossado, o governador deu sinal mais claro de que o problema será enfrentado.

O que antes vinha sendo tratado como estudo e reorganização interna, agora possui valores e metas públicas. O governo afirma que até dezembro serão realizadas 279 obras estruturais e de reforma em 254 escolas, ao investimento de R$ 101 milhões. Passada a fase de avaliação de trâmites burocráticos, há o diagnóstico que, com a reorganização dos fluxos internos, estas intervenções começarão a ser executadas na metade do tempo que ações semelhantes levavam até então.

A promessa de agilidade é positiva. Porém, diante da gravidade enfrentada por algumas instituições e o tempo em que se encontram em situações precárias, ouvindo diferentes justificativas para a demora nas obras, a rapidez precisa ser ainda maior. Casos, por exemplo, das escolas Parque do Obelisco e Félix da Cunha. Acompanhadas pela reportagem do DP há bastante tempo, ainda que tenham recebido recursos do programa Agiliza Educação nos últimos meses, o máximo que conseguiram foi minimizar problemas. No caso da primeira, em que o Estado tem sido incapaz de reerguer muro caído há cinco anos, o máximo que a direção da escola conseguiu foi colocar uma tela, precariamente, para cercar o local. Já na segunda, que tem parte do prédio interditado desde 2017, o dinheiro recebido serviu apenas para reparos emergenciais na rede elétrica e telhado.

Leite acerta e age com méritos ao trabalhar para colocar o RS em alto patamar de inovação, com grandes eventos e incentivo ao conhecimento e tecnologia. Porém, para que isso seja sustentável e se reflita no futuro a médio e longo prazo, a base é a educação. E escolas caindo aos pedaços jogam contra. Que, de fato, haja agilidade a partir de agora.

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